Archive for the ‘Citação’ Category

[DM / Entretenimento] Hoje na História


7 de julho é o 188º dia do ano no calendário gregoriano (189º em anos bissextos)

EVENTOS HISTÓRICOS
1456 – Joana d’Arc é absolvida (após ter sido executada). – Joana d’Arc ( 1412 – 30 de maio de 1431), cognominada “A Donzela de Or­léans” e também conhecida como Joana d’Arc, a ruiva é uma heroí­na francesa e santa da Igreja Cató­lica. É a santa padroeira da França e foi uma chefe militar da Guerra dos Cem Anos, durante a qual to­mou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os Borguinhões e seus aliados ingleses. Foi executada na fogueira, em um auto de fé pelos Borguinhões em 1431. Camponesa, modesta e analfabeta, foi uma már­tir francesa e também heroína de seu povo, reabilitada 25 anos após sua morte, em 1456, pelo Papa Ca­listo III, por considerar seu proces­so inválido, e canonizada em 1920, pelo papa Bento XV.

1515 – As Cortes de Castela de­claram formalmente a anexação do Reino de Navarra à Coroa de Castela.

1520 – Ocorre a Batalha de Otumba. – Por volta de março de 1519, Hernán Cortés, com um exér­cito de conquistadores desembar­cou na costa leste do México. Cortés havia recebido ordens de subjugar a região (na época dominada pelo Império Asteca) em nome do Reino da Espanha. Através de força bruta e manobras politicas, os espanhóis conseguiram firmar alianças com os povos Totonacas e Tlaxcaltecas (inimigos jurados dos astecas) e as­sim reuniram um grande exército e então marcharam rumo a cidade de Tenochtitlan, a maior da região. Em novembro, tropas espanholas adentraram na cidade e foram rece­bidas pelo seu governante, o impe­rador Moctezuma II. Inicialmente, os conquistadores europeus foram bem recebidos e não houve tantos tumultos, contudo tensões entre as partes escalaram e ao fim de junho de 1520 os nativos expulsaram os espanhóis e seus aliados tlaxcalte­cas de Tenochtitlan, no evento que ficou conhecido como La Noche Triste (“A noite triste”). Cortés ini­ciou então uma retirada até Tlax­cala, enquanto suas forças eram importunadas por guerrilheiros as­tecas. Foi então que a liderança as­teca resolveu pega-los enquanto recuavam. Após ser expulso da ci­dade pelos nativos na “Noite Tris­te”, as forças espanholas remanes­centes fugiram para as planícies do vale de Otumba, onde eles encon­traram uma grande tropa Asteca de no mínimo 20.000 combatentes. Os astecas não conseguiram sobrepu­jar o inimigo completamente, ape­sar destes estarem em muito menor número e ainda estarem cansados e famintos. Os espanhóis também usaram muito bem os poucos ca­valeiros que tinham, assustando os astecas com ataques frontais. No fi­nal, os espanhóis e os tlaxcalanos conseguiram botar o exército aste­ca em retirada, após uma violenta batalha. Os conquistadores então se reagruparam e recuperam sua força e mais tarde lançariam no­vas ofensivas em território asteca.

1769 – Guilherme Stephens re­cebe a administração da Fábrica de Vidros da Marinha Grande.

1877 – Parte para Angola, a bor­do do paquete Zaire, a primeira ex­pedição geográfica portuguesa ao sertão africano, chefiada por Ser­pa Pinto e Hermenegildo Capelo.

1942 – Himmler decide dar iní­cio aos experimentos com prisio­neiros em Auschwitz. – Auschwitz (em alemão: Konzentrationslager Auschwitz, pronunciado, também KZ Auschwitz ou KL Auschwitz) é uma rede de campos de concen­tração localizados no sul da Polô­nia operados pelo Terceiro Reich e colaboracionistas nas áreas polo­nesas anexadas pela Alemanha Na­zista, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940, o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de concen­tração e um campo de extermínio nesta área. A razão direta para sua construção foi o fato de que as pri­sões em massa de judeus, especial­mente poloneses, por toda a Euro­pa que ia sendo conquistada pelas tropas nazistas, excediam em gran­de número a capacidade das pri­sões convencionais até então exis­tentes] Ele foi o maior dos campos de concentração nazistas, consis­tindo de Auschwitz I (Stammlager, campo principal e centro adminis­trativo do complexo); Auschwitz II – Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III – Monowitz, e mais 45 campos satélites. Por um longo tempo, Auschwitz era o nome ale­mão dado a Oświęcim, na Baixa Po­lônia, a cidade em volta da qual os campos eram localizados. Ele tor­nou-se novamente oficial após a invasão da Polônia pela Alemanha em setembro de 1939. “Birkenau”, a tradução alemã para Brzezinka (flo­resta de bétulas), referia-se original­mente a uma pequena vilapolonesa que foi destruída para que o campo pudesse ser construído. Em 27 de abril de 1940, Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos aloja­mentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente nomina­do Auschwitz, ex-Oświęcim, fosse transformada em campos de con­centração.[4] No complexo cons­truído, Auschwitz II – Birkenau foi designado por ele como campo de extermínio e o lugar para a Solução Final dos judeus. Entre o começo de 1942 e o fim de 1944, trens trans­portaram judeus de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo.[5]:6 O primeiro comandan­te, Rudolf Höss, testemunhou de­pois da guerra, no Julgamento de Nuremberg, que mais de três mi­lhões de pessoas haviam morrido ali, 2.500.000 gaseificadas e 500.000 de fome e doenças.[6] Hoje em dia os números mais aceitos são em tor­no de 1,3 milhão, sendo 90% deles de judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados foram 150 mil poloneses, 23 mil ciganos ro­menos, 15 mil prisioneiros de guer­ra soviéticos, cerca de 400 Testemu­nhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalida­des. Aqueles que não eram execu­tados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, tra­balhos forçados, execuções indivi­duais ou experiências médicas. Em 27 de janeiro de 1945 os campos fo­ram libertados pelas tropas sovié­ticas, dia este que é comemorado mundialmente como o Dia Inter­nacional da Lembrança do Holo­causto, assim designado pela As­sembleia Geral das Nações Unidas, resolução 60/7, em 1 de novembro de 2005, durante a 42º sessão ple­nária da Organização.[9] Em 1947, a Polônia criou um museu no local de Auschwitz I e II, que desde en­tão recebeu a visita de mais de 30 milhões de pessoas de todo mun­do, que já passaram sob o portão de ferro que tem escrito em seu cimo o infame motto “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta). Em 2002, a UNES­CO declarou oficialmente as ruí­nas de Auschwitz-Birkenau como Patrimônio da Humanidade. Os médicos de Auschwitz realizaram uma ampla série de experiências com os prisioneiros, individuais e coletivas. Os doutores Carl Clau­berg e Kurt Heissmeyer são alguns dos mais conhecidos médicos que usaram cobaias humanas para tes­tar novas teses. Clauberg fez expe­riências para testar a eficiência do raio-X como método de esteriliza­ção feminina administrando lar­gas doses de radiação nas prisio­neiras. Ele injetava grandes doses no útero das mulheres para tentar colá-los e impedir a reprodução. A empresa Bayer, grande multina­cional farmacêutica ativa até hoje, então uma subsidiária da IG Far­ben, comprava prisioneiros de Bir­kenau para servirem de cobaias no teste de novas drogas. Heissmeyer, que considerava judeus humanos e cobaias animais de laboratório como a mesma coisa, comandava experiências em crianças e fez di­versas experiências injetando ba­cilos vivos da tuberculose direto no pulmão de prisioneiros, na tentati­va de conseguir uma vacina para a doença. O que mais conseguiu uma infame notoriedade após a guer­ra, porém, foi o Dr. Josef Mengele, conhecido como “Anjo da Morte”; ele tinha uma especial predileção por gêmeos e anões. Mengele fazia cruéis experiências com os primei­ros, como provocar doenças num deles para saber o que acontecia com o segundo ou matando este quando o primeiro morria, para fa­zer autópsias comparativas. Com os anões, costumava provocar-lhes gangrena para estudar os efeitos na carne. A mando de Heissmeyer, ele foi o responsável pela escolha de vinte crianças do campo para serem objeto de “pesquisa científica” no campo de concentração de Neuen­gamme, após as quais foram todas enforcadas em ganchos pendura­dos no teto do porão de uma escola em Hamburgo, junto com as enfer­meiras, todas também prisionei­ras judias, que os acompanhavam.

1947 – Um disco voador, que teria caído na cidade de Roswell, nos Estados Unidos, provocou um dos maiores mistérios do sécu­lo. – O Caso Roswell, ou Inciden­te em Roswell (em inglês: The Ros­well UFO Incident), é um dos casos mais famosos da ufologia mundial, diz respeito a uma série de acon­tecimentos ocorridos em julho de 1947 na localidade de Roswell, no estado do Novo México, nos Esta­dos Unidos, onde, segundo teóricos da conspiração, um objeto voador não identificado (ou OVNI) teria caído. A versão oficial do governo relata que um balão de vigilância da Força Aérea dos Estados Unidos caiu num rancho na cidade de Ros­well, mas muita gente levantou afir­mações de que o objeto que caiu teria sido de uma nave alienígena. Depois de um pico inicial de inte­resse, militares informaram oficial­mente que a queda apenas tinha sido mesmo de um balão meteo­rológico. O interesse sobre o caso era pouco até os anos 70, quando ufólogos começaram a formar va­riadas teorias da conspiração, afir­mando que uma ou mais naves ex­traterrestres haviam colidido com a superfície terrestre, e que os tripu­lantes alienígenas haviam sido re­cuperados por militares que depois cobriram a situação e tentaram es­conder o que realmente tinha acon­tecido. Nos anos 90, as forças arma­das norte-americanas publicaram relatórios divulgando a verdadeira natureza do balão do Projeto Mogul que caiu. Mesmo assim, o inciden­te de Roswell continua a ser do inte­resse da mídia popular, e persistem a criação de teorias da conspira­ção em torno deste caso. Roswell já foi chamado de “o caso mais co­nhecido, mais investigado e o mais desmascarado envolvendo OVNIs”.

1977 – Inaugurada a TV Ban­deirantes no Canal 7 do Rio de Janeiro começou das 7h00 da manhã.

1978 – Independência das Ilhas Salomão.

2005 – Londres, sofre uma sé­rie de atentados terroristas, com explosões em um ônibus (autocar­ro) e no sistema de metrô (metro).

2007 – O Live Earth é realizado em diversas cidades do mundo si­multaneamente.

2011 – O jornal britâni­co News of The World encerra após o escândalo do seu envol­vimento em escutas telefônicas. – News of the World foi um jor­nal britânico em formato tablói­de, publicado semanalmente aos domingos. Considerado a edição dominical de sua publicação-ir­mã, o The Sun, pertenceu ao gru­po de comunicação social norte­-americano News Corp de Rupert Murdoch. Concentrava sua abor­dagem temática em fofocas so­bre celebridades e notícias po­pulistas abordadas de maneira sensacionalista, e sua predileção por temas relacionados a escân­dalo sexuais lhe trouxe apelidos depreciativos populares, como “News of the Screws” e “Screws of the World”. Manteve uma ven­da média de 2.993.709 cópias por semana (em fevereiro de 2010), o News of the World foi um jor­nal em inglês de maior vendagem no mundo. O editor Andy Coul­son renunciou em 26 de janeiro de 2007 depois de um escânda­lo envolvendo escutas em tele­fones da família real britânica, e foi substituído no cargo por Colin Myler, ex-editor do Sunday Mir­ror que havia trabalhado por mui­to tempo no New York Post. Entre editores célebres do jornal estão Piers Morgan e Rebekah Wade, que substituiu Phil Hall em 2000. Por conta de vários escândalos, o tabloide foi fechado em julho de 2011, após novas denúncias e in­vestigações da Polícia Metropoli­tana de Londres que acredita que até 4.000 pessoas tiveram seus te­lefones grampeados por repórte­res do jornal, entre elas estavam Alex Pereira, primo de Charles de Menezes, morto á tiros pela po­lícia britânica, Coulson, ex-chefe de imprensa do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, Neil Wallis, o ex-diretor-executivo do News entre outras pessoas con­sideradas importantes. Sean Hoa­re, o primeiro a relatar que o editor Andy Coulson tinha conhecimen­to das escutas ilegais foi encontra­do morto na sua casa em Watford em 18 de julho de 2011.

 

 

NASCIMENTOS:

1940 – Ringo Starr vocalista e bateristabritânico.– SirRichardStar­key, Kt, MBE (Liverpool, 7 de julho de 1940), mais conhecido pelo seu nome artístico Ringo Starr, é um mú­sico, baterista, multi-instrumentis­ta, cantor, compositor e ator britâni­co, que ganhou fama mundial como baterista dos Beatles após substituir Pete Best, ficando nos Beatles até a separação do grupo em 1970. Quan­doabandafoiformadaem1960, Starr era membro de outra banda de Liver­pool, Rory Storm and the Hurricanes. Além de atuar como baterista, Starrfoi intérprete de canções de sucesso dos Beatles (em particular, “With a Little HelpfromMyFriends” e“YellowSub­marine”), como co-autor em “What Goes On” e compôs “Don’t Pass Me By” e “Octopus’s Garden”. Ringo é co­nhecido pelo seu estilo seguro de to­car e pelos seus toques de originalida­de. O apelido Ringo surgiu por causa dos anéis que Ringo gostava de usar (ring quer dizer anel em inglês). Ele também é vegetariano, assim como outros integrantes dos Beatles, Paul McCartney e George Harrison. Em 2011, Starr foi eleito o 4º maior bate­rista de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Após a dissolução dos Beatles em 1970, Starr lançou-se em uma carreira solo de sucessos, e for­mou uma banda a All Starr Band, na ativa desde 1989. Em 1966, junto com seus colegas de banda, Ringo foi agra­ciado pela Rainha Elizabeth II com a medalha da Ordem do Império Bri­tânico (MBE), o que não fez dele um “sir”. No dia 20 de março de 2018, cin­quenta e três anos após ter recebido a medalha do Império Britânico, o Du­que de Cambridge concedeu a Ringo Starr o título de Cavaleiro Celibatário do Império Britânico e o nomeou“sir”, em reconhecimento aos “seus servi­ços pela música”.

 

 

MORTES:

1990– Cazuza, cantor e compo­sitor brasileiro(n. 1958).– Agenorde Miranda Araújo Neto, mais conheci­do como Cazuza (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 – Rio de Janeiro, 7 de ju­lho de 1990), foi um cantor, composi­tor, poeta e letrista brasileiro. Primei­ramente conhecido como vocalista e principal letrista da banda Barão Ver­melho,[1] na qual fez bem sucedida parceria com Roberto Frejat, Cazuza posteriormente seguiu carreira solo, sendo aclamado pela crítica como um dos principais poetas da música brasileira. Cazuza também ficou co­nhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em en­trevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo(termousa­do para descrever a presença do vírus HIV, causador da Síndrome da Imu­nodeficiência Adquirida), e morreu em 1990, no Rio de Janeiro. Em ou­tubro de 2008 a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo re­sultado colocou Cazuza na 34ª posi­ção. Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamen­to alternativo em São Paulo, Cazuza partiu novamente para Boston, onde ficouinternadoatémarçode1990vol­tando assim para o Rio de Janeiro. No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. No enterro com­pareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, co­berto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho. Cazuza foi enterra­do no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Sobre o tampo de már­more do túmulo aparece o título de seu último grande sucesso, “O Tem­po Não Para”, e as datas de seu nasci­mento e morte. Em sua lápide nada consta além de seu famoso codino­me.[7] No ano seguinte, foi lançado o álbum póstumo Por aí.

2006 – Syd Barrett, cantor, pro­dutor, guitarrista e pintor britânico (n. 1946). Roger Keith Barrett, mais conhecido como SydBarrett(Cam­bridge, 6 de janeiro de 1946 – Cam­bridge, 7 de julho de 2006) foi um can­tor, produtor, guitarrista e pintor inglês, mais lembrado como um dos funda­dores do PinkFloyd. Vieram de Barrett as principais ideias musicais e estilísti­cas daquela que, então, era uma ban­da de rock psicodélico, assim como o nome do grupo. Todavia, especulações sobre sua deterioração mental, agrava­da pelo exagerado uso de drogas, le­varam à sua saída da banda, em 1968. Além de ser um dos pioneiros do rock psicodélico, com as suas expressivas linhas de guitarra e composiçõesima­ginativas, Barrett também foi um dos pioneiros do space rock e do folk psi­codélico. Esteve ativo enquanto mú­sico por apenas sete anos, gravando, com o Pink Floyd, quatro singles, dois álbuns e diversas músicas não lança­das; como artista solo, lançou um sin­gle e três álbuns, até entrar em reclusão autoimposta, queduroumaisdetrinta anos. Em sua vida pós-música, ele con­tinuou pintando e se dedicou à jardi­nagem. Nunca mais voltou a público. Barrett morreu em 2006, por compli­cações advindas de Diabetes. Diversas biografias foram escritas sobre ele des­de os anos 80, e o Pink Floyd escreveu e gravou inúmeros tributos a ele após sua saída do grupo, sendo o mais co­nhecido dele so álbumWishYouWere Here, de 1975. Em 1996, ele foi induzi­do ao Hall da Fama do Rock and Roll, como membro do Pink Floyd.

Link original: https://www.dm.com.br/entretenimento/2018/07/hoje-na-historia-159.html

[Correio do Povo de Alagoas] Polônia: um roteiro pela Cracóvia e os campos de Auschwitz e Birkenau


Visitar os campos de concentração criados pelos nazistas é lembrar de nunca mais esquecer as atrocidades cometidas pelo ser humano

Viajar é sempre uma experiência transformadora e tem variados fins. Pode-se viajar por motivos de descanso, iniciação e aprendizado sobre uma cultura específica ou mesmo por curiosidade e importância hitórica do lugar.

Um exemplo claro disso é visitar os campos de concentração criados pelos nazistas. A maioria estão concentrados na Polônia e Alemanha. Seu objetivo era o extermínio ou concentração e trabalhos forçados de grupos étnicos como (judeus, ciganos, polacos, sintis, yeniches), políticos (anarquistas, comunistas), homossexuais e minorias religiosas (Testemunhas de Jeová).

Cracóvia (Polônia)
Cracóvia é a terceira maior cidade da Polônia, e há muito tempo foi capital do país. Localiza-se no sul da Polônia e as margens do rio Vístula. Apesar de possuir um centro histórico relativamente pequeno, possui interessantes pontos turísticos para conhecer.

O centro histórico de Cracóvia e o Castelo Wawel estão na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1978. Tida como uma das mais bonitas cidades da Europa, sua praça central, a Rynek G?ówny, está entre as maiores europeias. É uma cidade muito procurada por turistas, principalmente pela sua proximidade ao Campo de Concentração de Auschwitz, que fica a aproximadamente 70 Km de distância.

Pouco bombardeada durante a 2ª Guerra Mundial, conseguiu conservar boa parte de suas belas construções.

Cracóvia – Auschwitz por conta própria
Auschwitz localiza-se a cerca de uma a uma hora e meia de carro a partir de Cracóvia, numa área conhecida pelos poloneses como Oswiecim (Auschwitz foi o nome dado pelos nazistas) e, na verdade, é um complexo formado por dois campos de concentração: Auschwitz I e Auschwitz II (ou Birkenau), distantes cerca de 3,2 km um do outro.

Vários hotéis e agências de viagem em Cracóvia oferecem o passeio para os campos de concentração, incluindo o transporte de ida e volta. Mas, obviamente, o valor a ser pago será maior do que o custo para aqueles que decidirem ir e voltar por conta própria.

A primeira coisa que você precisa fazer é acessar o site oficial de Auschwitz para efetuar a sua reserva, escolhendo o dia e horário exato da sua visita. a depender do horário, haverá dois tipos de tours, um individual sem educador e um tour guiado (com duração de 3,5 horas) em um idioma específico (há opções em inglês, polonês, espanhol, alemão e francês).

Lembrando que o tour individual é gratuito. Caso você opte por um tour guiado, terá que pagar 40 PLN. Uma vez realizando a reserva online, você receberá um e-mail de confirmação com o ingresso em anexo. Basta imprimi-lo e comparecer, no local, na hora exata da reserva.

Ônibus para Auschwitz
Para ir de Cracóvia até o campo de concentração de Auschwitz, você deverá pegar um ônibus no principal terminal rodoviário da cidade, em ‘Krakow Glówny’, co saída de ônibus a cada 30 minutos.

Como falamos ali em cima, já que o trajeto é de mais ou menos uma hora e meia, convém comprar os bilhetes do ônibus para 2 horas antes do horário marcado para visitação em Auschwitz.

O bilhete para o ônibus deve ser comprado no primeiro andar da estação. Se o atendente não entender do que você está falando, mostre a palavra ‘Oswiecim’, que é como os poloneses chamam o local onde se encontram os campos de concentração.

Não é possível comprar a passagem de volta no terminal. Pra isso você deve falar diretamente com o motorista ao embarcar no ônibus de volta em Auschwitz.

Ao chegar ao destino (Aushwitz I), decore o ponto de descida. Há dois motivos para isso: primeiro porque será neste mesmo ponto onde você pegará o ônibus para seguir para Auscwitz II, após conhecer Aushwitz I; segundo porque será também neste ponto onde você pegará o ônibus de volta para Cracóvia.

Logo que descer do ônibus, você verá, em um poste, uma placa com os horários de saída dos ônibus para Cracóvia. Fotografe-a para programar o seu horário de retorno.

Após visitar o campo de Aushwitz I, você deve pegar o ônibus escrito ‘Birkenau’, que tem saídas a cada 10 a 15 minutos, aproximadamente e é gratuito. Após terminar o passeio em Biekenau, pegue novamente o ônibus que faz o trajeto entre os campos e retorne para Auschwitz I. Agora é só esperar o ônibus que retornará para Cracóvia no mesmo ponto.

Como se preparar?
Nos campos de concentração existem grandes espaços abertos. Isso significa que você vai passar um bom tempo andando debaixo de sol, chuva ou neve. Vá com roupas adequadas pra o clima, sapatos confortáveis e carregando pouca tralha. Vale levar uma garrafa d’água, óculos escuros e talvez algo pra comer, porque as cafeterias ficam na entrada dos memoriais.

Link original: http://correiodopovo-al.com.br/noticia/2018/07/02/polonia-um-roteiro-pela-cracovia-e-os-campos-de-auschwitz-e-birkenau

[Sputnik News] Prisão de Testemunhas de Jeová: surge mais um obstáculo entre EUA e Rússia


A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, manifestou preocupação pelas “recentes detenções” de membros das Testemunhas de Jeová na Rússia.

“Estamos preocupados com as recentes detenções de Testemunhas de Jeová na Rússia. A Rússia deve libertá-las e os outros 100 prisioneiros por suas crenças religiosas, muitos deles acusados sem fundamento de crimes de extremismo”, escreveu em seu Twitter.

Mevlut Cavusoglu © AP Photo / Andrew Harnik - EUA devem parar de apoiar 'extremistas' na Síria, diz ministro turco

Mevlut Cavusoglu © AP Photo / Andrew Harnik – EUA devem parar de apoiar ‘extremistas’ na Síria, diz ministro turco

A Embaixada da Rússia nos Estados Unidos reagiu às afirmações de que há “presos políticos” que “devem ser libertados” e destacou em 18 de junho que Moscou “rejeita qualquer tentativa de interferir” em seus assuntos internos.

“A Rússia tem respondido repetidamente e de modo inequívoco aos ‘pedidos’ propagandísticos do Ocidente para libertar estes ou outros suspeitos, acusados ou condenados de acordo com a nossa legislação de diversos crimes graves”, enfatizou a missão diplomática em seu comunicado.

“Lutar pela liberdade de consciência, religião e valores democráticos é uma excelente estratégia de propaganda de Washington quando é necessário justificar as estruturas reconhecidas em outros países como extremistas e envolvidas em negócios ilegais, que incitam ao ódio e à organização de comunidades extremistas”, disse a embaixada russa.

Em abril de 2017, o Supremo Tribunal da Rússia reconheceu as Testemunhas de Jeová como organização extremista e proibiu suas atividades no país. Concluiu-se que as Testemunhas de Jeová violam seus próprios estatutos e infringem a legislação russa de combate ao extremismo, especialmente no Capítulo III da Lei Antitеrrorismo, que define as condições da atividade missionária de grupos religiosos.

Da mesma forma, foi decidido que todos os bens da organização deveriam ser confiscados em favor do Estado russo.

Em retaliação, em maio de 2017, a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA (USCIRF, sigla em inglês) incluiu a Rússia na lista de países que violam a liberdade religiosa.

Link original: https://br.sputniknews.com/sociedade/2018062511558069-prisao-testemunhas-jeova-obstaculo-eua-russia/

[Gospel Prime] A Copa do Mundo mais religiosa de todos os tempos


Jogadores pedem ajuda de Deus, de Allah e até de Thor

Há uma certa ironia no fato de a Copa do Mundo de 2018 estar sendo realizada na Rússia e ser, visivelmente, a mais religiosa de todos os tempos. Afinal, o país governado por Vladimir Putin vem impondo uma série de restrições à liberdade de culto. Com a justificativa que está combatendo o terrorismo, os russos impediram a pregação nas ruas e a distribuição de literatura de cunho religioso.

Se num primeiro momento os mais afetados foram os da minoria islâmica que vivem no país, as restrições logo atingiram os Testemunhas de Jeová, que acabaram oficialmente impedidos de existir em solo russo, e também os evangélicos, que viram alguns pastores locais serem presos.

Desde o início da Copa há um relaxamento nesse tipo de legislação, que permitiu aos missionários fazerem um trabalho de evangelização nas ruas das cidades-sede da competição.

Dentro de campo, a situação também é diferente. Antes de a competição começar, veículos de mídia anunciavam que esta seria a “Copa mais muçulmana de todas”, pois além de representantes de nações islâmicas como Irã, Arábia Saudita e Egito, vários jogadores de seleções europeias também professam a fé em Maomé. Após os gols e algumas partidas, foram visíveis as manifestações a Allah, com atletas se prostrando em campo, segundo essa tradição religiosa.

Salah
Salah comemora gol do Egito contra a Arabia Saudita. (Foto: Reprodução / Globo)

Multa por manifestação

O caso mais emblemático foi dos jogadores Shaquiri e Xhaka, da Suíça, que fizeram comemorações de cunho político e religioso na vitória sobre a Sérvia por 2 a 1, pela segunda rodada da Copa do Mundo. Embora narradores do jogo disseram que o gesto simbolizava uma “pomba”, tratava-se de uma águia de duas cabeças.

Shaquiri e Xhaka
Fifa multa Shaqiri e Xhaka por comemorações políticas em gols da Suíça. (Foto: Getty Images)

Apesar da ênfase ser colocada na disputa entre sérvios e kosovares, o drama que se desenrola nos Balcãs desde a década de 1990 tem muito a ver com a religião. O Kosovo, de maioria islâmica, decretou unilateralmente sua independência da Sérvia, de maioria cristã.

Tanto Shaqiri e Xhaka são muçulmanos praticantes Shaqiri nasceu no Kosovo e tem laços com imã extremistas. Por sua vez, Xhaka tem pais kosovares.

Invocação de Thor

A Islândia, considerado azarão, mas que ganhou muitos apoiadores após ter segurado a Argentina, com direito à defesa de um pênalti de Messi, fez um apelo inusitado nas suas redes sociais.

Antes da partida contra a Croácia, nesta terça (26), invocaram a ajuda do antigo deus nórdico, que ainda possui locais de adoração no país.

“Thor, deus do trovão, do raio e das tempestades, está conosco dia e noite e nos visitou em Gelendzhik. Ele está pronto para a batalha de hoje”, tuitou a federação islandesa.

Evangélicos e católicos

Os cristãos também tiveram várias representantes expressando sua fé dentro e fora de campo. Há uma verdadeira “Seleção” de jogadores que vem falando sobre Jesus dentro e fora de campo.

Entre eles astros da Colômbia (James Rodriguez, Cuadrado e Falcao), do Uruguai (Cavani), Costa Rica (Keylor Navas) e da Nigéria (Odion Ighalo).

Mas o time que mais se fez notar nesse aspecto foi o modesto Panamá. Mesmo perdendo as partidas, no final os jogadores se ajoelharam em campo e fizeram suas orações de agradecimento.

Seleção do Panamá
Jogadores do Panamá oram juntos após o jogo da Copa do Mundo contra a Inglaterra. (Foto: Reuters)

Quem também foi visto ajoelhado orando foi o católico Romelu Lukaku, atacante do Manchester United e um dos astros da Seleção da Bélgica. Cristão, ele seguidamente é visto fazendo sinais religiosos durante as partidas.

 

Link original: https://noticias.gospelprime.com.br/copa-do-mundo-russia-religiosa/

[VEJA] É preciso encontrar alguém diante de quem se possa ajoelhar


Por Flávio Ricardo Vassoler
Diário de um Escritor
Um olhar para o cotidiano histórico e cultural da Rússia – mas muito além do futebol

Monumentos em homenagem aos mortos durante a 2ª Guerra Mundial se sucedem vertiginosamente por Moscou
Por Flávio Ricardo Vassoler

Enquanto caminho pela longa Avenida Gagárin, deparo com um monumento em homenagem aos militares mortos durante as guerras no Afeganistão, ainda sob a égide da União Soviética (1979-89), e na Tchetchênia (1994-96/1999-2000), já depois do colapso da URSS: um obelisco em cujo topo um anjo alado carrega (e sacraliza) o corpo de um soldado ceifado em combate.

Anjo alado segurando – e sacralizando – o corpo do soldado ceifado pela guerra, em Níjni Novgorod (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA)

Anjo alado segurando – e sacralizando – o corpo do soldado ceifado pela guerra, em Níjni Novgorod (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA)

Ao lado do obelisco, um grande painel de mármore enegrecido lista, em ordem alfabética, os nomes – ou melhor, os sobrenomes seguidos das iniciais dos nomes – dos militares que deixaram de existir.

Monumentos em homenagem aos mortos durante a Segunda Guerra Mundial – 20 milhões de soviéticos tombaram durante o conflito – se sucedem vertiginosamente: um na Avenida Gagárin, outro após as muralhas do Kremlin de Níjni Novgorod, ao centro do qual arde uma chama vigorosa e inexaurível como que a dizer: “Não nos esqueceremos de vocês”. Na sequência, novos painéis de mármore enegrecido com os (sobre)nomes dos militares que morreram pela pátria.

Noto que, raramente, as pessoas que por ali transitam se aproximam dos painéis de mármore. Vistas de longe, as listas que individualizam os mortos mais parecem uma viscosa e indiscernível sopa de letras de que a Mãe Rússia se alimenta – chego a sentir náusea ao pensar que o nacionalismo belicista dos russos drena, incestuosamente, seus filhos de volta para o útero da terra que os pariu.

Ao fim e ao cabo, a Avenida Gagárin desemboca na Praça Máximo Górki, em homenagem ao escritor de origem sumamente humilde nascido em Níjni Novgorod, em 1868. Logo me lembro do título tão singelo quanto concreto do segundo tomo da trilogia autobiográfica de Górki: Ganhando meu pão. O nomadismo da pobreza fizera de Górki vendedor de pássaros e caixeiro viajante; pintor de ícones e padeiro; ferroviário – e jornalista. Enquanto observo a estátua altiva do escritor, fico pensando em como a forja da sensibilidade literária de Górki ia extraindo lirismo de seu périplo pelos vários biscates: o chilreio e as cores dos pássaros; as histórias e estórias dos compradores pelas várias cidades; o detalhismo das gravuras religiosas; o calor do forno da padaria (verdadeiro bunker contra o inverno russo) e os nacos de pão surrupiados; o vapor malemolente das locomotivas e a cadência dos vagões pelas bitolas; as vivências sendo impressas (ganhando corpo, Ganhando meu pão) nas páginas dos jornais.

Estátua do escritor Máximo Górki, em Níjni Novgorod (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA)

Estátua do escritor Máximo Górki, em Níjni Novgorod (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA)

Súbito, alguém toca em meu braço.

– Me desculpe incomodar, mas você não quer que eu tire uma foto sua ao lado da estátua do Górki? É que eu te vi todo compenetrado a olhar para o escritor…

Logo fico sabendo que a simpática Ekatierina (chamemo-la assim) é uma testemunha de Jeová (isto é, uma dissidente) na Rússia cada vez mais ortodoxa sob o punho de Vladimir Putin.

Kátia me relata que já sofreu constrangimentos policiais por causa de suas tentativas de evangelização pelas ruas de Níjni Novgorod. “É por isso que estou me mudando para a Ucrânia. Em Kiev, não há nada disso, lá eu posso ser quem eu sou. Por lá, a situação econômica é bem mais difícil, mas não há na Ucrânia um movimento de unificação religiosa como está acontecendo na Rússia. Ser ortodoxo – ter uma única religião –, na cabeça de quem comanda, parece contribuir para a unidade do país. É como se, com nossas reuniões semanais para debate dos textos bíblicos, como testemunhas de Jeová, nós fôssemos agentes centrífugas, verdadeiros espiões antinacionais. É preciso estar na igreja, é preciso ser ortodoxo. Se eu não faço parte da maioria, se eu não adenso a massa de fiéis alinhados com o pendor religioso de um Estado cada vez menos laico, eu não sou bem-vinda. A massa ou o exílio – já não parece haver meio-termo. Eles escutam nossas conversas pelo celular, eles nos espreitam como se não fôssemos russos – ser russo, para eles, implica ser ortodoxo; ser russo, para eles, implica não trazer quaisquer “divisões” à sociedade. Se não estamos assistindo à formação de um consenso profundamente autoritário, eu já não sei dizer o que está acontecendo. Por favor, escreva sobre isso, mas não divulgue meu verdadeiro nome – apenas diga para as pessoas que a Rússia não se livrou do fanatismo. Não! Nós escapamos da propaganda comunista e caímos no colo da liturgia do nacionalismo e da ortodoxia. O povo parece não querer pensar por si próprio – o vácuo de ideias impostas pela cúpula do poder é perigoso: ele pode fazer lembrar que nós temos que pensar por nós mesmos. Isso é democrático – e a democracia é perigosa! A democracia é centrífuga, ela traz dissensões, e isso é perigoso, porque, segundo eles (os de cima), nós precisamos de alinhamento, nós precisamos de unidade. Vocês já não tiveram democracia após o colapso da União Soviética? – perguntam os de cima. E o que aconteceu? Perdas territoriais, o país à beira da guerra civil. Agora, prosseguem os de cima, vocês precisam de um líder (um guia, um pai, um tsar); agora vocês precisam da religião (uma única religião, uma doutrina, uma identidade), pois só assim a Rússia será una e forte novamente. E eu estou cansada de tudo isso – cansada e com medo. Por isso, estou indo embora, preciso abandonar o meu próprio país que já não sabe (e já não quer) me acolher”.

Fico pensando nas palavras de Kátia e me vem à mente, ainda uma vez, a náusea dos monumentos em homenagem aos militares mortos em defesa da pátria. Os soldados se vão; seus nomes, supostamente individualizados, se embaralham nas listas (nas lápides) de mármore negro, mas a pátria, a Mãe Rússia (o útero e o sepulcro, o princípio e o fim), a pátria permanece, a pátria se unifica, a pátria convoca à ortodoxia para, em nome da unidade nacional, arregimentar fiéis para as igrejas e soldados para os batalhões e guerras vindouros, conflitos que gerarão mais monumentos em homenagem aos militares mortos em defesa da pátria; pátria que, com as mortes heroicas, se une e se engrandece – conhecemos algum afeto mais sólido do que o ímpeto de vingança e a saudade dos entes queridos? E, para o nacionalismo e para a ortodoxia – a bem dizer, para o nacionalismo ortodoxo –, ser testemunha de Jeová ou católico, protestante, muçulmano ou ateu aponta para o caráter centrífugo do indivíduo que destoa da massa, o indivíduo que não se quer arrolado pela lista, o indivíduo que não se vê membro da família, da religião ou do Estado – o indivíduo que tenta dizer eu, eis o inimigo. É por isso que, para a ortodoxia de Estado, para a ortodoxia nacional, uma mulher não se chama Ekatierina ou Ksênia; uma mulher, antes de mais nada, deve pertencer à família e parir; parir um fiel para a Igreja (crescei e multiplicai-vos); parir um soldado para o Estado (eis a multiplicação dos pães e dos peixes). Ajoelhar-se diante do clérigo ortodoxo (amém); ajoelhar-se diante do oficial militar (sim, senhor).

“Para o homem livre, não há desespero maior do que encontrar alguém diante de quem ele possa se ajoelhar”. Com essa frase, o grande inquisidor de Dostoiévski, personagem composta pelo intelectual Ivan Karamázov em Os irmãos Karamázov (1880), pensava exprimir uma tendência (o discurso da servidão voluntária) comum aos mais diversos povos – a bem dizer, ao “homem” em qualquer tempo e em qualquer lugar. Quem me ajudou a entrever, com mais acuidade, o caráter eminentemente russo da colocação do grande inquisidor foi a estudiosa da obra de Dostoiévski Galina Boríssovna Ponomariova (1935 – ), que foi diretora do Museu-Casa Dostoiévski, em Moscou, de 1983 a 2017. Para Ponomariova, que vê em Vladimir Putin um líder forte e carismático, os russos rechaçam a democracia pelo fato de as instituições republicanas – o Executivo, o Legislativo e o Judiciário; a vontade soberana do povo por meio do voto – serem entes de poder meramente abstratos; “os russos”, prossegue Ponomariova, “querem ver o corpo e a concretude do soberano, os russos querem ouvir sua voz e ver as inflexões de seu rosto – os russos, em suma, querem tocar a aura daquele que os governa”.

O neotsar Vladimir Vladímirovitch Putin (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA)

O neotsar Vladimir Vladímirovitch Putin (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA)

Em Mein Kampf (Minha luta, 1925), Adolf Hitler sentenciou que, ao falar com as massas, pelas massas e para as massas, o orador não deveria lançar mão de argumentos lógicos e concatenados, mas, sim, apelar para o sentimentalismo e a emotividade, com argumentos vagos e repletos de arroubos de retórica, como se estivesse flertando com uma “mulher” – para a misoginia autoritária de Hitler, as massas eram tão suscetíveis e volúveis quanto uma “mulher”.

Não à toa, o judoca Vladimir Putin já foi veiculado pela mídia, inúmeras vezes, com o torso nu e a reboque de atividades tidas como viris, tais como caçadas e cavalgadas. Salvo engano, a última aparição seminua de Putin – aparição devidamente veiculada pela TV estatal – se deu no dia 19 de janeiro deste ano, quando o presidente mergulhou nas águas gélidas do lago Seliger, a aproximadamente 400 km ao norte de Moscou, para celebrar a Epifania ortodoxa, festividade que relembra o batismo de Jesus Cristo nas águas do rio Jordão. No momento da aparição viril e epifânica de Putin, os termômetros marcavam -5ºC.
É assim que, para arrematar o pathos político da alma russa, Galina Boríssovna Ponomariova sentencia que “os russos, a bem dizer, querem não a democracia, mas o retorno da monarquia. Os russos ainda não estão prontos para tanto, mas é o que eles querem”.

 

Sobre o autor

Flávio Ricardo Vassoler, escritor e professor, é doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH-USP, com pós-doutorado em Literatura Russa pela Northwestern University (EUA). É autor das obras O evangelho segundo Talião (nVersos, 2013), Tiro de misericórdia (nVersos, 2014) e Dostoiévski e a dialética: Fetichismo da forma, utopia como conteúdo (Hedra, 2018), além de ter organizado o livro de ensaios Fiódor Dostoiévski e Ingmar Bergman: O niilismo da modernidade (Intermeios, 2012) e, ao lado de Alexandre Rosa e Ieda Lebensztayn, o livro Pai contra mãe e outros contos (Hedra, 2018), de Machado de Assis. Página na internet: Portal Heráclito, http://www.portalheraclito.com.br.

Link original: https://veja.abril.com.br/blog/diario-de-um-escritor/e-preciso-encontrar-alguem-diante-de-quem-se-possa-ajoelhar/

[EBC] Após decisão judicial, mulher é esterilizada sem consentimento em São Paulo


Eliane Gonçalves

Depois de decisão judicial, uma mulher foi esterilizada sem consentimento no interior de São Paulo. Corregedorias do Tribunal de Justiça (TJ) e do Ministério Público do Estado (MPE) avaliam o caso.

O pedido de laqueadura tubária foi feito pelo segundo promotor de Justiça de Mococa, cidade no interior de São Paulo, Frederico Liserre Barruffini.

Na denúncia, feita em maio do ano passado, ele afirma que Janaína Aparecida Aquino é dependente química, tem filhos e não aceita seguir a recomendação dos serviços de saúde de fazer a cirurgia de esterilização.

Sem nomear um defensor público para a mulher, nem convocar uma audiência, o juiz Djalma Moreira Gomes Junior acatou o pedido do promotor e a mulher foi submetida à cirurgia por meio de uma condução coercitiva.

O caso foi divulgado nesse domingo (10) em artigo do jurista Oscar Vilhena Vieira, no jornal Folha de São Paulo. O caso gerou polêmica.

A Associação Brasileira de Juristas para Democracia repudiou a decisão e lembrou que a esterilização compulsória é proibida por lei.

O Instituto de Garantias Penais também divulgou nota de repúdio afirmando que a decisão viola direitos e garantias fundamentais.

Segundo o jurista e ex-procurador-geral de São Paulo Marcio Sotelo Felippe não existe qualquer previsão legal que dê brechas para a decisão tomada em Mococa. Para ele, o caso pode ser comparado ao fascismo.

“Na verdade é um episódio exemplar de fascismo. Uma das características do facismo é considerar que existe uma categoria de pessoas que é subhumana e que pode ser violada em sua vida, em sua integridade física, na sua dignidade. Na Alemanha Nazista eram os judeus, Testemunhas de Jeová, várias categorias eram perseguidas. São não pessoas. O fascismo tem uma caracteristica de não pessoas. E é isso exatamente o que aconteceu.”

O juiz Djalma é conhecido por defender decisões firmes e rápidas dos magistrados. No ano passado, em entrevista à jornalista de Mococa, Cida Cilli, o juiz afirma que a proteção à sociedade não pode ficar em segundo plano em relação ao direito de defesa de réus.

“A ampla defesa, o contraditório, é algo que não se pensa em diminuir. Mas o que nos mobiliza também é que a figura da vítima e da sociedade não podem ser colocados em segundo plano.”

O juiz não está se pronunciando sobre o caso, mas lembra que Janaína havia concordado em fazer a laqueadura e que ela não oferecia suporte necessário aos filhos. O texto não esclarece que Janaína vinha resistindo a fazer o procedimento.

Janaína foi presa, grávida, em novembro do ano passado depois de condenada em primeira instância, acusada de tráfico de drogas.

Ela deixou a prisão para fazer a cirurgia e voltou para cumprir a pena, onde permanece até hoje. O promotor e o juiz que pediram a prisão são os mesmos que determinaram a laqueadura.

Segundo o advogado Márcio Augusto Paixão , que analisou o processo, a polícia localizou 45 pinos de cocaína no bolso de uma calça masculina, guardada no banheiro da casa onde vivia Janaína.

Todos os moradores da casa, duas mulheres, entre elas Janaína, dois homens e uma adolescente, foram presos.

Em nota, a Defensoria Pública do Estado confirma que não foi nomeado um defensor público para Janaína e se coloca à disposição da vítima.

Também em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo informa que o processo está sendo analisado pela Corregedoria-Geral de Justiça e que não vai se manifestar sobre casos em andamento.

O Ministério Público de São Paulo informa em nota que a Corregedoria instaurou reclamação disciplinar para apurar o caso.

A decisão do juiz Djlama foi suspensa por decisão liminar, pelo Supremo tribunal Federal, mas na prática não muda nada já que a esterilização já foi feita.

Link original: http://radioagencianacional.ebc.com.br/direitos-humanos/audio/2018-06/apos-decisao-judicial-mulher-e-esterilizada-sem-consentimento-em-sao

[JORNAL DO BRASIL] Os caminhos do amor


E no Dia dos Namorados, para amenizar as agruras da vida, nada como uma história de amor e política que comoveu o mundo. Em 2005, Manuela Lavinas Picq, filha da renomada economista Lena Lavinas, mudou-se para Quito, no Equador, onde foi dar aulas de relações internacionais na Universidade San Francisco. Lá, interessou-se pela luta dos direitos humanos dos povos indígenas. Em 2013, Manuela e Carlos Pérez Guartambel, presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador, se conhecem e se apaixonam. O romance dos dois ganha contornos políticos surpreendentes. Isto porque os equatorianos cultivam o mito das “três Manuelas”, mulheres que tiveram grande protagonismo na vida política do país, como por exemplo Manuela Sáenz, aliada e amante de Símon Bolívar. Alçada, sem querer, a condição de símbolo, em agosto de 2015 nossa Manuela teve seu visto de permanência revogado por ordem do presidente Rafael Corrêa. Em rede de televisão, Corrêa afirmou que “não era possível uma estrangeira se intrometer na política do país”. Os encontros e desencontros entre Manuela e Carlos, que foi pré-candidato à Presidência do Equador, em 2016, assim como os esforços dela para voltar ao País, deram origem ao documentário “La Manuela”, da diretora Clara Linhart, que será exibido dia 26 na Cinemateca de Quito. Mas a boa notícia vem agora. Semana passada Manuela conseguiu um visto do Mercosul e embarcou ontem para Quito, onde a coluna deseja que a história encontre seu final feliz.

—–

Estamos aí…

“A política deu um nó, está todo mundo tonto”, espantava-se ontem uma raposa felpuda do MDB do Rio. Uma das principais questões é como o partido vai lidar com a candidatura de seu ex-filiado Eduardo Paes. Mas como o MDB nunca deixa de ser MDB, o deputado Rosenverg Reis já sinalizou que se precisarem de um nome para indicar a vice, ele topa o sacrifício.

…que papo legal

O problema é que a popularidade do clã Reis em Caxias já não mais essa Brastemp toda. Numa festa junina sábado, o prefeito Washington Reis, irmão de Rozenverg, tomou uma vaia tão estrepitosa que até o santo ficou com vergonha. Temos imagens.

Viva Alberto Dines

O maestro Isaac Karabtchevsky dedicará o concerto da Orquestra Petrobras Sinfônica, sexta-feira à memória do jornalista Alberto Dines, , falecido mês passado. Serão mais de 200 componentes no palco do Theatro Municipal, que juntos apresentarão a “Sinfonia nº3”, de Leonard Bernstein, mais conhecida como “Kaddish”. A obra é inspirada pela prece judaica homônima, que homenageia os entes falecidos

Sorria, comunista

Quem não chora, não mama. Depois de reclamar publicamente que não estava sendo chamado para sabatinas dos jornais e TVs, o pré-candidato do PC do B, Leonardo Giordano, conseguiu se fazer ouvir e vai participar de uma rodada de entrevistas essa semana. A coluna agora aguarda a mesma gentileza para com a nossa Valéria Monteiro.Coragem!

Testemunhas de Jeová de todo o mundo lançaram campanha para convidar o público para sua série anual de congresso, que começam sexta-feira em 180 países com o tema “Tenha coragem”. O programa de três dias terá 54 partes com discursos, leituras dramatizadas, entrevistas e vídeos curtos.

Manda quem pode

O presidente estadual do PT, Washington Quaquá, teve um papo reto com o ex-ministro Edson Santos, que se lançou pré-candidato ao governo do Rio. Quaquá digamos, explicou, que foi o próprio Lula quem tirou da cartola o nome de Marcia Tiburi para ser a candidata do partido. Para bom entendedor…

——

LANCE LIVRE

Luiz Otavio Nazar será um dos coordenadores de saúde da campanha de Romário no Rio. A Velo-City, conferência internacional sobre mobilidade urbana, promove quinta-feira, no Píer Mauá, uma “bicicletada” com prefeitos do mundo todo.

Link original: http://www.jb.com.br/informe-jb-2/noticias/2018/06/12/os-caminhos-do-amor/

Departamento de Estado: Armênia grupos religiosos minoritários continuam a adorar livremente, mas algumas preocupações permanecem (Inglês)


Embora a constituição da Armênia afirme que todos têm liberdade de pensamento, consciência e religião, grupos minoritários religiosos afirmaram estar particularmente preocupados com o efeito potencialmente negativo sobre os grupos religiosos minoritários de um projeto de lei sobre liberdade religiosa, disse o relatório do Departamento de Estado.

Na quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA divulgou o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2017.

Representantes de grupos religiosos de minorias cristãs disseram que continuaram a cultuar livremente; no entanto, alguns cristãos disseram que se sentiam obrigados a praticar sua religião discretamente, particularmente enquanto serviam nas forças armadas.

Ativistas de direitos humanos continuaram a expressar sua preocupação com a concordância do governo com a disseminação do ensino da Igreja Apostólica Armênia nas escolas, que muitas vezes equiparava a afiliação da AAC à identidade nacional. De acordo com grupos religiosos minoritários e ONGs, declarações do governo que igualam a identidade nacional à afiliação com a AAC continuaram a alimentar a discriminação governamental e social contra organizações religiosas que não a AAC, diz o relatório.

Ao contrário do ano anterior, as Testemunhas de Jeová não relataram casos de assédio físico na sociedade contra seus membros; houve 10 casos de assédio verbal, abaixo dos 17 do ano anterior. As Testemunhas de Jeová atribuíram a diminuição à ação policial imediata. De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center publicada em maio, 82% dos entrevistados concordaram com a afirmação “É importante fazer parte da AAC para realmente compartilhar a identidade nacional do país.” De acordo com grupos religiosos minoritários cristãos e ONGs, a o clima da mídia continuou a melhorar para grupos religiosos minoritários em comparação com anos anteriores, tornando-se mais equilibrado e preciso; no entanto, as Testemunhas de Jeová relataram casos de relatos negativos na mídia.

O embaixador dos EUA e outros funcionários da embaixada continuaram a promover a tolerância religiosa e o diálogo inter-religioso durante as reuniões com funcionários do governo. Os oficiais da Embaixada se reuniram com os líderes da AAC para envolver a AAC no apoio aos direitos das minorias religiosas para praticar sua fé sem restrições.

Link original: https://news.am/eng/news/454075.html

[polygraph.info] Disinfo News: EUA citam Rússia em relatório de liberdade sobre perseguição de seita religiosa (Inglês)


Testemunhas de Jeová no culto dominical. Foto: Evgeny Epanchintsev (TASS)

Testemunhas de Jeová no culto dominical. Foto: Evgeny Epanchintsev (TASS)

Pela segunda vez em dois anos, o Departamento de Estado dos EUA está listando a Rússia como um “país de preocupação particular” com relação à liberdade religiosa. A designação “CPC” foi incluída no relatório anual de 2018 sobre liberdade religiosa internacional – divulgado em 29 de maio.

“Mais notavelmente, as Testemunhas de Jeová foram proibidas de imediato, assim como sua tradução da Bíblia e seus seguidores foram perseguidos em todo o país”, diz o resumo sobre a Rússia no relatório.

A constituição da Rússia declara que o país “será um estado laico” e “as associações religiosas serão separadas do Estado e serão iguais perante a lei”. No entanto, em abril de 2017, a Suprema Corte da Rússia designou as Testemunhas de Jeová como uma “organização extremista”. ”, E vários ataques e prisões se seguiram.

Mais recentemente, um funcionário de 21 anos da figura da oposição russa Alexey Navalny foi preso em Chelyabinsk por “extremismo”. Segundo a agência de notícias Interfax, policiais encontraram literatura da igreja que consideraram “extremista”, bem como um certificado mostrando o suspeito era um membro das Testemunhas de Jeová. Em abril, vários outros cidadãos russos em todo o país foram presos por supostas ligações com a igreja. Um cidadão dinamarquês foi preso em abril e atualmente enfrenta uma sentença de dez anos por seu envolvimento na igreja.

Literatura das testemunhas de Jeová em russo. Tais materiais são agora considerados

Literatura das testemunhas de Jeová em russo. Tais materiais são agora considerados “literatura extremista” pelo governo russo.

Por que a Rússia considera as Testemunhas de Jeová como “extremistas”? Em abril de 2017, o Polygraph.info investigou a justificativa da Suprema Corte da Rússia e concluiu que ela dependia de duas alegações, ambas falsas ou enganosas.

A principal reivindicação contra a igreja diz respeito à proibição doutrinária das transfusões de sangue como procedimento médico. Segundo as autoridades russas, a posição das Testemunhas de Jeová em receber transfusões de sangue é perigosa e pode levar os membros a recusar tratamento médico necessário. No entanto, esta alegação foi examinada no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e considerada infundada .

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos citou um caso desde 2000, quando a Suprema Corte da República do Tartaristão (um assunto federal dentro da Federação Russa) recusou uma tentativa do promotor de acusar uma mãe Testemunha de Jeová cujo filho teria morrido devido a sua recusa de uma transfusão de sangue. Nesse caso, o tribunal observou que a mãe consentiu com o uso de substitutos do sangue que estavam disponíveis na ocasião. Essa decisão também observou que a igreja não exige que os crentes recusem transfusões de sangue, mas permite que os membros tomem essa decisão por conta própria.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos também notou a prática das Testemunhas de Jeová de portar um cartão médico de diretriz conhecido como “sem cartão de sangue”. O pequeno cartão dobrado informa os profissionais de saúde que o portador se recusa livremente a receber sangue mesmo em situações que possam salvar sua vida , mas que eles consentem com substitutos de sangue e procedimentos alternativos que não requerem sangue.

O site da igreja tem uma página explicando sua posição sobre as transfusões de sangue. Ele observa que muitos procedimentos podem ser realizados sem o uso de transfusões de sangue e que tais métodos alternativos são totalmente aprovados pela igreja. A comunidade médica notou os aspectos positivos da chamada “cirurgia sem sangue”.

As autoridades russas também acusaram a igreja de “propagar exclusividade” – uma alegação que a Polygraph.info abordou em sua checagem de fatos em abril de 2017 . O tribunal europeu rejeitou essa afirmação, observando que “todas as religiões pregam alguma forma de exclusividade” e afirmam ensinar a “verdade correta”.

A igreja das Testemunhas de Jeová está incluída na lista do Ministério da Justiça da Rússia de organizações extremistas proibidas, ao lado de grupos islâmicos neonazistas e radicais. As autoridades russas consideram a literatura do grupo e até sua versão da Bíblia como extremista. O relatório do Departamento de Estado pede que o governo russo altere sua lei sobre o extremismo para que esteja em conformidade com os padrões internacionais de direitos humanos, “como adicionar critérios sobre a defesa ou o uso da violência”.

Link original: https://www.polygraph.info/a/persecution-of-jehovahs-witnesses-in-russia/29259998.html

[ACT MEDIA] Relatório do Departamento de Estado dos EUA sobre liberdade religiosa na Romênia (Inglês)


O relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre liberdade religiosa no mundo em 2017 refere-se, na seção sobre a Romênia, ao lento ritmo de restituição de propriedades religiosas confiscadas, à necessidade de conhecer plenamente o Holocausto e ao extenso ensino sobre o assunto. , bem como queixas de discriminação de grupos religiosos minoritários contra a Igreja Ortodoxa Romena.

No relatório sobre a Romênia, que cobre de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017, lemos que o governo romeno aprovou o reconhecimento de vários grupos religiosos como associações religiosas, mas rejeitou as exigências feitas por outros. Grupos religiosos minoritários continuaram a objetar a inclusão jurídica de organizações religiosas.

De acordo com o documento, houve relatos sobre a baixa taxa de devolução de propriedades confiscadas, especialmente da Igreja Católica Grega e da comunidade judaica, enquanto o número de decisões tomadas por agências e tribunais sobre restituição de propriedades permaneceu baixo.

Os nomes de ruas, organizações, escolas e bibliotecas dadas depois que pessoas sentenciadas por crimes de guerra nazistas ou crimes contra a humanidade continuaram, de acordo com o relatório feito pelo Departamento de Estado dos EUA.

Ao mesmo tempo, acusações de discursos anti-semitas e negação do Holocausto são raras, enquanto o ensino sobre o Holocausto permaneceu opcional nas escolas. No entanto, os líderes do governo continuaram a se pronunciar contra o anti-semitismo e o governo transferiu uma propriedade para o Instituto Elie Wiesel para a criação de um museu de história judaica na Romênia.

O relatório refere-se à situação demográfica e à estrutura religiosa da população na Roménia. O governo dos EUA estima que em julho de 2017, o país tivesse uma população de 21,7 milhões de habitantes. De acordo com o censo de 2011, 86,5% da população declarou ser cristã ortodoxa, católicos romanos representando 5%. De acordo com o censo, há cerca de 151.000 católicos gregos na Romênia, apesar de dizerem que são 488.000. O relatório também menciona que outros grupos religiosos são cristãos de estilo antigo, protestantes, incluindo protestantes reformados, pentecostais, batistas, adventistas e outros – judeus, muçulmanos, testemunhas de Jeová, adeptos Bah, mórmons, budistas, adeptos da Igreja Unitária, membros da Internacional Sociedade para a Consciência de Krishna. Ateus e pessoas sem religião representam menos de 1% da população, mostra o mesmo documento.

Link original: https://www.actmedia.eu/daily/us-department-of-state-report-on-religious-freedom-in-romania/75678